Nos últimos anos, o mercado de trabalho tem aberto espaço para debater assuntos que vão além das demandas de cada área. Bem-estar no trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, cultura e comportamento nas empresas… são diversos os assuntos que ganham destaque no debate público e ampliam as perspectivas sobre trabalho na atualidade. Um dos temas mais comentados, em especial desde o início da pandemia de Covid-19, é o burnout. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o burnout?
Também chamado de “Síndrome do Esgotamento Profissional”, o burnout é uma doença emocional caracterizada por exaustão extrema, esgotamento físico e estresse decorrentes do trabalho. A condição pode resultar em situações extremas de estresse e ansiedade, quadros depressivos e até sintomas físicos, como pressão alta, desmaios, dores de cabeça, entre outros.
Desde janeiro de 2022, o burnout está na lista de doenças ocupacionais (isto é, relacionadas ao trabalho) reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O motivo é a frequência com que ocorre, preocupante: apenas no Brasil, o burnout atinge 30% dos trabalhadores, segundo a International Stress Management Association (ISMA).
O que leva um profissional a ter burnout?
Como citado brevemente acima, a principal causa para o burnout é a sobrecarga de trabalho, especialmente em situações profissionais desgastantes, que demandam responsabilidades e/ou competitividade excessivas.
Por esse motivo, é um quadro mais comum em profissões que lidam diariamente com pressão e excesso de trabalho, como médicos, policiais, professores, gestores de empresas, jornalistas, enfermeiros, entre outros.
No entanto, apesar de algumas carreiras mostrarem mais propensão ao problema, ele pode atingir profissionais de diversas áreas, tanto colaboradores de empresas quanto empreendedores e profissionais autônomos.
Como prevenir o burnout?
Uma vez que o burnout é uma condição mental bastante relacionada ao ambiente e ao contexto de trabalho de um profissional, a principal forma de preveni-lo é buscando alterar os fatores de estresse e sobrecarga no dia a dia de trabalho. Isso inclui, por exemplo:
- limitar as horas trabalhadas por dia, evitando ultrapassar em muito a jornada de 8 horas diárias;
- ter no mínimo um dia de descanso por semana;
- estabelecer tarefas e atividades diárias exequíveis dentro do tempo estipulado;
- valorizar um ambiente de trabalho colaborativo e que não estimule a competição fora dos limites saudáveis;
- realizar pequenas pausas durante o dia;
- estimular o convívio saudável entre os trabalhadores, de forma que possam se ajudar nas demandas de trabalho.
Como tratar o burnout?
Para tratar o burnout, geralmente são indicadas ações como psicoterapia, atividade física e, em alguns casos, uso de medicamentos psicotrópicos, como antidepressivos, calmantes e remédios para dormir. Meditação e outros exercícios de relaxamento também podem ajudar.
No entanto, além das medidas citadas acima, é fundamental que a rotina de trabalho do profissional seja alterada, visando diminuir as situações de estresse, ansiedade e pressão vivenciadas. Caso contrário, os episódios de burnout podem retornar.
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