70% dos candidatos a emprego mudaram de área na pandemia.

Por Helena Botelho de Souza

Jornalista Freelancer na Caderno Nacional

Publicado em 12/01/2022. Atualizado em 12/01/2022

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Neste artigo, entenda mais sobre o movimento de mudança de área por profissionais e os impactos da pandemia nesse processo.

O período de pandemia causado pelo alastramento da Covid-19 modificou a nossa vida profundamente em diversos âmbitos, desde a reflexão sobre a importância de estar com a família e os amigos até a rotina que consideramos ideal. Uma das áreas mais afetadas pelas reflexões e mudanças da pandemia foi a vida profissional, que se tornou alvo de preocupações, desejos e novas ambições por trabalhadores de praticamente todas as áreas.

 

Isso é o que mostra uma pesquisa feita pelo portal de vagas Empregos.com.br, que teve a participação de mais de 4 mil trabalhadores. Segundo o levantamento, 71% dos profissionais que estavam buscando emprego durante a pandemia mudaram sua área de atuação para que pudessem alcançar a recolocação no mercado de trabalho. 

 

A realização da pesquisa foi em setembro de 2021 e todos os participantes estavam inscritos na plataforma de vagas. Neste artigo do Caderno Nacional, veja outros detalhes sobre a pesquisa e confira informações importantes sobre esse movimento de transição de carreira durante os anos de pandemia.

 

Recolocação profissional

Mudar a área de atuação é um desejo de muitos profissionais por fatores diversos. Entre os principais, estão a busca por uma remuneração melhor, o desejo de construir carreira em áreas mais tecnológicas, a qualidade de vida, a flexibilidade de horários, entre outras.

 

O período de pandemia tem sido um momento de introspecção e adaptação em diversas áreas da vida, o que reflete também nas escolhas profissionais. Com a exigência do isolamento social ou da adaptação das medidas de segurança no trabalho presencial, muitos profissionais se viram refletindo sobre suas ambições e seus desejos para a carreira nos próximos anos.

 

As modalidades de emprego

Para começar a busca por uma nova oportunidade de trabalho, uma das decisões a se fazer inicialmente é pelo formato de trabalho no qual a vaga se enquadra: presencial, híbrido ou remoto. Embora nem todas as profissões permitam a atuação híbrida ou remota, os profissionais que contam com essa possibilidade devem considerá-la como um fator que influencia pontos importantes, como a qualidade de vida, a produtividade e a vivência social com a equipe do trabalho.

 

De acordo com a pesquisa, 46,6% dos participantes relataram estar flexíveis a qualquer formato de trabalho (presencial, híbrido ou remoto); 45% dos participantes buscavam vagas especificamente no modelo presencial; por fim, 6,5% dos candidatos que participaram da pesquisa disseram procurar vagas no modelo híbrido (um pouco no formato presencial, um pouco no formato remoto).

 

Otimismo

Ainda segundo o levantamento do portal Empregos.com.br, mais de 86% dos participantes da pesquisa relataram acreditar que o avanço da vacinação contra a Covid-19 tornará mais fácil a conquista de um novo emprego. Esse otimismo se dá principalmente entre quem busca oportunidades no modelo presencial ou híbrido, que exigirá o contato entre profissionais da equipe.

 

Apesar do cenário um pouco mais favorável devido ao avanço da imunização no país, o desemprego no Brasil ainda se mantém em níveis alarmantes. Esse dado reflete o tempo de inatividade dos participantes: 49,5% estão desempregados há menos de um ano; 17,6% estão sem emprego há mais de um ano; 7,8% estão desempregados há mais de dois anos e, por fim, a mesma porcentagem (7,8%) está em busca de emprego há mais de três anos.

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