Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de maio revelaram alta recorde no indicador de desemprego no país. De acordo com o levantamento, 14,7% da população está desocupada — maior índice da série histórica, iniciada em 2012.
O resultado é consequência principalmente das dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19. Ao longo de 12 meses, quase 2 milhões de pessoas passaram a integrar a estatística de desemprego (1,956 milhão). Em comparação ao último trimestre de 2020, houve alta de 6,3%, somando aproximadamente 880 mil pessoas a mais em busca de emprego.
Crescimento da taxa de desemprego
O índice vem em alta nos últimos meses, o que faz com que o número registrado em março fosse, de certa forma, esperado. De acordo com especialistas, é comum que o primeiro trimestre de cada ano indique aumento na desocupação. Contudo, a alta maior pode ser resultado das particularidades de 2020.
Antes de março de 2021, o desemprego já havia batido 14,6% em agosto de 2020. Durante o segundo semestre de 2020, o índice ficou em torno de 14%. Comparativamente, em janeiro de 2020 a taxa era de 11,9%.
Índice de desalento e subutilização
O índice também aponta recorde, com 6 milhões de pessoas. É considerado desalentado o grupo de pessoas que desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho. Isso significa que a taxa de desemprego no Brasil só não é maior porque muitos brasileiros não buscam emprego há mais de um mês.
Já em relação à subutilização, o número soma 33 milhões. O índice de subutilizados considera desempregados, desalentados, subocupados (com empregos de menos de 40h semanais) e os que poderiam estar ocupados, mas não estão por diferentes razões.
Efeitos sociais do desemprego
O levantamento do IBGE mostra as diferenças no índice em relação a diferentes grupos sociais. No período determinado, o desemprego foi consideravelmente maior para as mulheres: 17,9%, em comparação aos 12,2% entre homens.
A taxa também é maior entre pessoas com ensino médio incompleto, batendo 24,4%. Já para brasileiros com formação em nível superior, o índice foi de apenas 8,3%. Ainda, o índice de desemprego entre jovens (18 a 24 anos) foi expressivamente mais alto que a porcentagem média nacional: 31% em comparação aos 14,7%
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Setores mais afetados pelo desemprego
Em relação ao 1º trimestre de 2021, o setor mais afetado pelo desemprego foi o comércio. O fato está diretamente ligado às medidas restritivas para o comércio presencial, desenvolvidas para diminuir o contágio pelo novo coronavírus. A queda no setor foi de 9,4%, somando aproximadamente 1,6 milhão de pessoas.
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