A transição de carreira é um dos assuntos mais comentados no mercado de trabalho atualmente. Se no passado era comum passar a maior parte da vida profissional em uma única área ou ofício, hoje cada vez mais profissionais têm pensado em mudar de profissão. Enquanto alguns optam por cursos livres ou formações menores, outros escolhem a graduação para transição de carreira.
No entanto, como saber quando vale a pena fazer uma graduação inteira para mudar a vida profissional? Por um lado, a graduação é uma formação mais completa e ampla, trazendo uma visão mais fundamentada da área escolhida; por outro, é longa e, consequentemente, pode demorar mais a trazer resultados.
Tendo isso em vista, se você deseja fazer uma transição de carreira, é fundamental fazer um planejamento que considere seu contexto profissional e pessoal, bem como seus objetivos a curto, médio e longo prazo. Neste artigo do Caderno Nacional ajudamos você a avaliar quando a graduação para transição de carreira vale a pena e quando ela pode ser substituída por outro tipo de formação.
O propósito da graduação
Chama-se de graduação o curso de nível superior nas modalidades Bacharelado, Licenciatura ou Tecnólogo. São cursos de longa duração, com no mínimo três anos de duração, podendo chegar a seis anos nos cursos mais compridos.
Em uma graduação, o estudante se formará em uma determinada área do conhecimento, recebendo ao fim reconhecimento como apto para exercer aquela função. Dessa forma, uma pessoa que fez todo o curso de graduação em Odontologia, por exemplo, se formará como dentista e será considerado apto a exercer a função.
Justamente por esse papel de formar o profissional, com uma base sólida em relação ao trabalho que será exercido, o curso de graduação muitas vezes poderá ser mais longo e amplo do que o profissional precisa para sua transição de carreira, especialmente quando é possível encontrar pontos de interseção entre a profissão já exercida e a carreira desejada.
Outras alternativas
Engana-se quem pensa que só terá uma transição de carreira completa quando ou se fizer uma graduação na área desejada. Atualmente existem cursos dos mais variados formatos, tipos e durações, com o intuito de suprir as necessidades diversas de quem busca tanto uma atualização profissional quanto uma transição de carreira.
Para se qualificar em outra área próxima, são boas alternativas tanto os cursos de pós-graduação e especialização (mais longos, com cerca de dois anos) quanto cursos livres mais curtos, técnicos, bootcamps e profissionalizantes. Já para cursos de outras áreas, as melhores opções são cursos livres, preparatórios, profissionalizantes e a própria graduação.
Afinal, vale a pena fazer graduação para transição de carreira?
A resposta para essa pergunta é: depende do caso. Em alguns casos, só é possível realizar uma transição de carreira com a graduação completa, que é exigida. Por exemplo, se o profissional é contador e deseja trabalhar como fisioterapeuta, não há nada de sua formação original que possa ser “aproveitado” para sua nova carreira a ponto de solucionar apenas com cursos livres.
Por outro lado, em muitas profissões não é necessário um diploma de graduação para atuar e/ou é possível aproveitar o conhecimento adquirido na carreira anterior, bastando algumas formações, leituras e experiência para iniciar a transição. Se o profissional, por exemplo, é formado em Matemática e deseja trabalhar como desenvolvedor, pode complementar sua formação com cursos livres e bootcamps para aprender linguagens de programação e iniciar sua transição de carreira.
Resumindo, apenas você saberá avaliar se vale ou não fazer graduação para fazer a sua transição de carreira. Analise sua carreira atual, a carreira desejada, a trajetória necessária para chegar aonde deseja e outros fatores que podem interferir na escolha, como ter ou não reserva financeira e o mercado de trabalho para iniciantes e ingressantes na área.
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