Você sabe o que é Transição de Carreira?
Se, há algumas décadas, era comum passar a vida inteira em uma única empresa e em um único cargo, hoje esse cenário tem se tornado cada vez mais raro. O desenvolvimento de tecnologias diversas, o aumento da expectativa de vida e outras mudanças socioculturais alteraram profundamente o universo do trabalho, fazendo com que inúmeros profissionais de todo o mundo optem por realizar uma transição de carreira.
A importância deste movimento é considerável, tanto para o mercado de trabalho quanto para o bem-estar pessoal, e os motivos que uma pessoa pode encontrar para fazê-lo são inúmeros. Neste artigo do Caderno Nacional, entenda o conceito, sua importância, os motivos que levam a ele e outras questões relacionadas à mudança de profissão.
O conceito
A transição de carreira nada mais é que o processo de trocar uma determinada carreira, na qual o profissional é formado ou já atua, por outra de sua preferência. O conceito traz a ideia de processo justamente porque a transição engloba uma série de estágios e pequenos passos, os quais são responsáveis por inserir uma pessoa em determinada área profissional. Por que o conceito de transição de carreira está em alta atualmente?
Estágios que marcam a transição de carreira
Na transição de carreira, destacam-se três momentos-chave: o desconforto com a própria carreira, a aceitação do desafio e, por fim, o afastamento completo da carreira anterior. Dentro de cada um desses estágios há uma série de descobertas, procedimentos e emoções característicos, que são naturais e esperados dentro do processo de transição.
O primeiro momento é de identificação do problema. O desconforto com a própria carreira é o primeiro alerta de que você pode desejar uma transição de carreira. Se, por qualquer motivo, a sua profissão te traz sentimentos ruins (angústia, estresse, tédio, medo, desmotivação, entre outros) e você não se sente confortável na área, a transição pode ser uma saída.
Já o segundo momento, de aceitação do desafio, é determinado pela compreensão que o profissional tem sobre sua situação. Neste momento, ele percebe e aceita que realmente não deseja continuar em sua então profissão ou carreira, consequentemente acolhendo a ideia de fazer uma mudança profissional.
Ainda no segundo estágio, iniciam-se as pesquisas sobre uma ou mais carreiras nas quais ele(a) pode seguir e tudo que as envolve: uma nova graduação, pós ou outro tipo de curso, um estágio, situação do mercado de trabalho, necessidade ou não de reserva financeira, contatos, entre outros. Conhecendo os desafios, o profissional pode já iniciar um curso, realizar trabalhos autônomos ou voluntários ou, até mesmo, trabalhar nas duas áreas (a anterior e a que deseja) simultaneamente por um período.
Por fim, após avaliar sua situação e seus desejos, o profissional chega ao terceiro estágio, de se afastar da área de atuação anterior. Iniciar uma nova jornada na área desejada significa a consolidação da transição de carreira, na qual o profissional deixa de atuar no ramo em que trabalhava anteriormente e aceita os desafios para construir sua nova história em outra área.
Principais motivos para fazer uma transição de carreira
São diversos os motivos que um profissional pode elencar para fazer sua transição de carreira. Entre os principais, pode-se citar:
- falta de oportunidades no mercado atual;
- insatisfação geral com a área, empresa ou cargo;
- novos interesses;
- busca por qualidade de vida;
- busca por melhor remuneração; entre outros.
Dicas de planejamento
Planejar uma transição não é um processo simples e costuma levar bastante tempo, meses e até mesmo anos. Para garantir que não haja arrependimentos, são fundamentais alguns cuidados:
1. Reflexão: ambos são essenciais para uma decisão consciente. Ao cogitar uma transição de carreira, analise sua situação de vida, seus gostos, medos e desejos, refletindo sobre situação atual, o que o incomoda nela e o que pode ser feito para mudá-la.
2. Pesquisa: Busque o máximo de informações que puder sobre a sua própria área de atuação, para zerar as possibilidades de um direcionamento dentro do ramo, e também sobre as demais carreiras que deseja, considerando mercado de trabalho, remuneração, crescimento, qualidade de vida, entre outros assuntos. Quanto mais informações você tiver, mais consciente e cuidada será sua decisão. Se possível, busque apoio profissional e converse com quem já está em outras áreas.
3. Especialização: Adquira conhecimento e, se possível, vivência na área desejada. Leia, faça cursos, converse com profissionais da área: tudo isso será fundamental para que você consiga uma boa recolocação.
4. Reserva financeira: Por último, mas não menos importante, considere criar uma reserva financeira antes de começar sua transição de carreira. Ao iniciar em uma nova área, pode ser que sua remuneração atual não se mantenha, uma vez que você pode ser contratado para cargos de estágio ou em posição junior. Ter um dinheiro guardado para ajudar enquanto você se consolida na nova área é fundamental para garantir sua tranquilidade.
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