O que faz a Geração Z mudar de emprego para emprego?

Por Jéssica Dourado

Redatora na Caderno Nacional

Publicado em 04/03/2024. Atualizado em 04/03/2024

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Engajamento ou instabilidade? O que mais está afetando a Geração z a arrumar um emprego? Para ficar por dentro desse tema, leia agora nosso artigo!

Muito se fala sobre a falta de engajamento e instabilidade da Geração Z no mercado de trabalho. No entanto, quais são as causas que levam essa geração a agir dessa forma e mudar de emprego para emprego?


Gostando ou não, essa é a realidade que muitas empresas precisam se deparar e lidar. Atrair e reter talentos da gen z é um desafio para muitas organizações de diversos setores.


Quer entender melhor por que a geração Z está mudando de emprego com mais frequência? Acompanhe nosso artigo no Caderno Nacional e descubra as tendências que estão moldando o mercado de trabalho e o mundo corporativo!

 

A geração z é, de fato, menos engajada no mercado de trabalho?


A resposta é sim! Ouvimos com frequência especialistas afirmando isso, e afirmam com razão, quem nos dá esse panorama são os números.


Em 2023 foi realizada uma pesquisa com 328 brasileiros economicamente ativos e que cumprem jornadas de trabalho. O levantamento mostrou alguns comportamentos sobre a geração z, entre eles:


- 12,50% dos entrevistados entre 18 e 25 anos afirmaram não cumprir o expediente. Ou seja, tendem a começar a trabalhar depois do horário combinando e/ou terminar a jornada antes do previsto;


- 4,35% dessa faixa etária afirmaram não fazer tarefas que surjam ao final do expediente;


- 25% dos entrevistados concordaram que os trabalhadores da gen z desempenham exatamente e apenas o que foram contratados para fazer, não trabalham nem mais e nem menos.


Se os millenials foram fortemente conhecidos por serem workcaholics, a geração z veio para quebrar esse ciclo. Trabalhar, trabalhar e trabalhar, já não é mais o foco principal dos jovens que ingressam no mercado de trabalho. Há outras coisas que também cativam a atenção e dedicação desses trabalhadores.

O que faz com que a geração z seja menos engajada em seus empregos?


Muitas pessoas mais velhas, aposentados, principalmente que tiveram apenas um emprego durante sua vida toda, logo se antecipam na conclusão de que “esses jovens não querem saber de trabalhar”. Mas isso é realmente verdade?


As pesquisas evidenciam que a geração z é menos engajada no trabalho, mas vale dizer que é no formato de trabalho mais tradicional. Não significa que eles não estão trabalhando. Pelo contrário.


Cumprir horas a mais, fazer a mais do que está no escopo da sua função, não é uma prática comum dessa geração. Mas isso não significa que eles não dão conta da sua função e muitos menos que não são competentes.


Pode-se afirmar que o mercado possui muitos profissionais habilidosos. Mas o que faz com que a geração z pule de emprego para emprego?

Falta de flexibilidade


A pandemia da Covid-19 trouxe à tona o formato de trabalho remoto, que apenas uma pequena parte do mercado back office experimentava. Depois de comprovar que é possível ser produtivo e entregar os resultados necessários trabalhando de casa, muitos trabalhadores já não enxergam sentido em voltar para o formato presencial.


No entanto, muitas empresas também não abrem mão de ter o funcionário na sede da organização em, pelo menos, alguns dias do mês e/ou semana. Por isso, o meio termo seria o modelo híbrido, ou pelo menos horários mais flexíveis.


A geração z preza muito pela qualidade de vida, ter tempo para fazer outras atividades, e por isso já não se prendem em postos de trabalho que não oferecem essa flexibilidade.

Ausência de capacitação e plano de carreira


Aqui no Caderno Nacional, já exploramos o conceito de "quiet ambition" e como a Geração Z está redefinindo sua relação com a liderança. Embora muitos não busquem cargos de liderança tradicionais, isso não significa que eles não tenham ambições profissionais ou não desejem crescer em suas carreiras.


Por ter acesso a muita informação, acaba que a geração z adquiri mais habilidades e podem até mesmo desempenhar diferentes funções (desde que sejam remuneradas para tal). Por isso, muitos jovens prezam por estar em um ambiente de trabalho que incentive e promova a constante capacitação.


Afinal, o mercado é bombardeado de inovações tecnológicas todos os dias, os trabalhadores naturalmente querem acompanhar, seja por interesse no aprendizado ou para se manter competitivo no mercado.

Falta de engajamento social


Aqui entra outra questão que também já abordamos em outro momento no Caderno Nacional, sobre a busca da geração z por emprego com propósito.


Estamos em uma era onde questões de diversidade e inclusão ganham os holofotes, e não apenas da mídia. Jovens trabalhadores buscam se engajar nessas questões e fazem questão de se relacionar com pessoas e instituições que fazem o mesmo.


Seja em causas sociais, ambientais, de gênero e assim por diante, a gen z está atenta para organizações que, de fato, levantam essas (ou algumas) bandeiras e praticam a inclusão.


Muitos profissionais estão deixando seus empregos ao perceber que a empresa não está comprometida com práticas sustentáveis e causas sociais, além de notar a falta de diversidade tanto em cargos de liderança quanto em sua própria equipe.

 

Toda empresa precisa se moldar às demandas da geração z?


Essa é uma pergunta que apenas os gestores e diretores de cada negócio pode responder. O que podemos fazer aqui é apresentar o cenário e reforçar como funciona o mercado de trabalho.


Gostando ou não, a gen z está revolucionando o mercado, a forma de trabalhar e como essas relações profissionais se estabelecem.


Como dissemos anteriormente, o fato da geração z não se engajar na forma de trabalho tradicional não significa que ela não está trabalhando, só lida com o emprego de forma diferente.


Cabe a cada empresa avaliar se as mudanças causadas por essa geração valem a pena de serem abraçadas. Caso sim, é importante que as organizações comecem a promover ações e novas práticas que atraiam e retenham talentos mais jovens.


O que é preciso ter em mente é que essas mudanças só caminham para frente. O mercado não é e nem será mais o mesmo. Por isso, ao estacionar muitos negócios podem ficar para trás.

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