Geração Z busca emprego com propósito

Por Jéssica Dourado

Redatora na Caderno Nacional

Publicado em 12/02/2024. Atualizado em 12/02/2024

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A geração Z vem buscando no mercado de trabalho um propósito para ingressar em sua carreira, para saber mais, leia nosso artigo!

Ter um trabalho, um ofício e ser justamente remunerado por ele já não é apenas o que os jovens desejam. A geração Z ingressa no mercado de trabalho buscando emprego com propósito.


Mesmo com um mercado instável, economia desfavorável para alguns setores, os jovens da Geração Z (e até mesmo muitos millenials), trabalhar com propósito é prioridade. E isso pode significar até mesmo abandonar formas tradicionais de trabalho.


No entanto, para que as empresas consigam atrair e reter esses talentos com motivações diferentes, é preciso entender o cenário atual e como esses jovens estão encarando o mercado de trabalho.


Quer saber mais sobre emprego com propósito e seu impacto na geração Z? Então siga conosco neste artigo do Caderno Nacional e fique por dentro das novidades no ecossistema corporativo.

Há o crescimento de emprego com propósito?


No começo de 2024 a Agência Brasil divulgou os resultados de uma pesquisa do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados mostram que, no ano de 2023, o Brasil registrou um saldo positivo de 1.483.598 de empregos formais. Os números mostram que:


- O maior crescimento foi no setor de serviços, com a criação de 886.256 postos de trabalho;


- No comércio foram criados 276.528 postos;


- No ramo de construção foram gerados 158.940 empregos;


- Já na indústria os postos totalizaram 127.145;


- E na agropecuária, o saldo total de postos de trabalho foram de 34.762.


Uma marca bem importante, que tende a ser melhorada nos próximos anos. No entanto, fica o questionamento, quantas vagas devem ter oferecido o emprego com propósito?


E mais ainda, quantos desses postos de trabalho foram ocupados pelos mais jovens, pela faixa economicamente ativa do mercado.

O que é emprego com propósito?


Por agora, dificilmente teremos uma resposta mais concreta e quantitativa sobre a ocupação de postos de trabalho com propósito pela Geração Z. O intuito aqui é trazer mais uma visão geral do cenário e fazer com que empregadores, recrutadores, gestão de pessoas etc, reflitam sobre essas mudanças que surgem.


Por isso, é essencial entender antes de tudo o que, de fato, é o emprego com propósito. Ao entender o conceito, fica mais fácil traçar estratégias para atrair e reter talentos que procuram por isso no mercado.


O trabalho com propósito é aquele que o colaborador desempenha para ter o retorno que vai além do pagamento em salário. É aquele que há fatores como:


- Envolvimento pessoal e emocional;


- Satisfação;


- Realização profissional.


Ou seja, o emprego com propósito, é aquele que oferece o sentimento (e/ou a certeza) do trabalhador estar fazendo a diferença. Diferença essa na sua vida, na vida de outras pessoas, sua família, grupos específicos etc.


No entanto, vale destacar que esse propósito é o que o colaborador acredita que é, e não o “sonho” do chefe da empresa. Ou seja, trabalhadores já não vestem mais a camisa da empresa cegamente só porque o patrão determinou um propósito.

Geração Z e a percepção do que é emprego com propósito no cenário atual


Assim como quase toda tendência, essa do trabalho com propósito, é fortemente elencada pelos jovens, ou seja, a geração Z e também uma grande parte dos millenials.


A Forbes publicou os resultados de uma pesquisa da marca norte-americana de roupas corporativas Carhatt.


O estudo contou com mais de 1 mil jovens millenials e geração Z. 48% dos entrevistados evidenciaram suas incertezas em carreiras futuras. E 44% relataram que o principal desafio no mercado de trabalho atual é “encontrar um emprego que se alinhe com meus valores”.


A presidente e COO da Carhatt, Linda Hubbard, faz sua leitura sobre os números apresentados. Segundo ela “ao trabalhar em um escritório, algumas pessoas podem se sentir como ‘apenas um número’ e isso pode não ser gratificante para os mais jovens, muitos dos quais demoraram a entrar no mercado de trabalho devido à pandemia e não estão tão acostumados com o tradicional horário comercial”.


Ela ainda acrescenta que “As gerações mais jovens, que descobrimos serem tipicamente mais orientadas para um emprego com propósito, estão olhando para esse investimento de tempo e questionando como seu trabalho contribui para o bem maior”.


Agora vale se questionar se as empresas estão enxergando a mesma coisa e se estão se adequando para essa nova realidade.

Será que as empresas estão atentas a essa tendência?


Quando se fala em geração z no mercado de trabalho as opiniões começam a se polemizar. Muitos acham que essas novas demandas são equivocadas e exageradas. Enxergam como demandas mimadas.


No entanto, independente do que as empresas e profissionais acham dessas demandas, elas existem. E se existem, é preciso que prestem atenção. Afinal de contas, a gen z é a população economicamente ativa no momento.


Assim como todo negócio que precisa se adequar ao público, é importante que as organizações olhem de forma mais prática e estatística para essas demandas.


É importante entender que nem tudo “cabe” a uma empresa, que há mudanças que não fazem sentido, não são viáveis e que não vão trazer um resultado satisfatório. Mas é essencial que as empresas se fechem completamente para esses novos padrões.


Quando a geração z procura um emprego com propósito, não significa necessariamente que eles querem um emprego só com “mimos”. Entre as suas demandas há coisas que podem beneficiar não apenas o trabalhador, mas como a empresa como um todo também.

Olhar para frente e agir de acordo com o que faz sentido para as empresas


Por isso, as empresas precisam se reagrupar, fazer pesquisas, mapeamentos, fazer um bom benchmarking, entender as tendências e colocar em prática ações e planejamentos que se mostrem benéficos para a atração e retenção de talentos.


De forma geral, é importante ter em mente também que possíveis adequações não significa que o mercado está “cedendo” para a geração z. E sim, se atentando ao que está em alta no mercado e, mais do que isso, do que pode trazer resultados verdadeiros ao negócio.


Todos sabem que empresas que se recusam a se movimentar automaticamente ficam para trás. E ficar para trás é sinônimo de cair no esquecimento e no prejuízo, e isso ninguém quer.

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