Número de nômades digitais pode chegar a 1 bilhão até 2035

Por Helena Botelho de Souza

Jornalista Freelancer na Caderno Nacional

Publicado em 16/06/2022. Atualizado em 16/06/2022

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Saiba o que é ser nômade digital, por que o movimento vem crescendo e como migrar para esse modelo de trabalho neste artigo do Caderno Nacional.

Quando falamos em trabalho do futuro, no que você pensa? É comum imaginarmos alguns cargos específicos, como os voltados à tecnologia. No entanto, o futuro do trabalho tem uma forte tendência que engloba inúmeras profissões: o nomadismo digital. O termo pode parecer diferente, mas é apenas uma explicação para um fenômeno que já vem acontecendo nos últimos anos em todo o mundo.


É o que mostra o Relatório Global de Tendências Migratórias de 2022, um levantamento feito pela empresa Fragomen, especializada em migração. Segundo os dados do estudo, a estimativa é que até 2035 existam cerca de 1 bilhão de nômades digitais em todo o planeta.


Tem dúvidas sobre o que é ser um nômade digital, por que o nomadismo digital vem crescendo no mundo e como migrar para esse modelo de trabalho? Continue a leitura deste artigo do Caderno Nacional!

Como funciona o nomadismo digital?


O conceito é relativamente simples. Nômades digitais são profissionais que podem exercer seu dia a dia de trabalho exclusivamente de forma digital, isto é, não precisam estar fisicamente em um lugar específico para realizar suas funções, bastando ter um computador e acesso à internet. Com essa liberdade geográfica, os profissionais podem atuar de qualquer lugar, o que explica o termo “nômade”.


Para ser um nômade digital não é necessário uma formação específica ou mesmo algum cargo em especial: basta ser capaz de executar todas as suas atividades profissionais de forma virtual. Por isso, há inúmeras carreiras que permitem aderir ao estilo de trabalho e de vida. Entre as principais profissões que permitem o nomadismo estão: 

  • Profissionais de comunicação/criação (redator, revisor, designer, social media, assessor de imprensa, analista de Marketing Digital, entre outros);
  • Profissionais de tecnologia (analista de sistema, analista de BI, programador, analista de dados);
  • Criador de conteúdo digital;
  • Artista;
  • Pesquisador;
  • Professor de qualquer natureza (desde que dê aulas online); entre outros.

Por que a quantidade de nômades digitais é crescente?


O formato de trabalho já vem crescendo desde a ascensão da internet por todo o mundo, especialmente dos anos 2010 em diante. No entanto, há um fator primordial para o boom do nomadismo digital: a pandemia de Covid-19.


Com a exigência do isolamento social para conter o contágio da doença, muitos profissionais que atuavam presencialmente passaram a exercer seu trabalho de forma remota. Empresas se adaptaram e até mesmo a legislação brasileira, bem como de outros países, regulamentou o regime de teletrabalho para permitir o exercício remoto de diferentes profissões.


Essa experiência, embora tenha sido imposta por um problema sanitário, abriu caminho para que muitos profissionais percebessem que podem realizar seus ofícios de qualquer lugar, não mais precisando estar vinculados a um lugar físico de trabalho. Dessa forma, muitos passaram a viajar e conhecer outros lugares e culturas enquanto trabalham, sem abrir mão de seus projetos profissionais.

Como se tornar um nômade digital?


A mudança para o nomadismo digital consiste, inicialmente, em ter uma carreira que proporcione liberdade geográfica. Sendo assim, o primeiro passo é adaptar sua profissão ou até mesmo optar por uma transição de carreira para que seja possível fazer o trabalho de qualquer lugar. Isso feito, é hora de pensar em um próximo passo.


Caso você deseje apenas a liberdade para viajar eventualmente e manter seu trabalho, não é necessário muito planejamento a mais do que o exigido para ajustar sua carreira. No entanto, caso você queira efetivamente viver como nômade, sem residência fixa e viajando constantemente, é necessário realizar um planejamento muito mais robusto, que considere pontos como:

  • renda recorrente e reserva de emergência;
  • transporte até a próxima estadia (ex: voo para outro país)
  • visto e documentos exigidos para conhecer e/ou permanecer em outros países ou estados;
  • locais para hospedagem (hotéis, Airbnb's, casas de conhecidos etc);
  • seguro-saúde; entre outros.

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