Inteligência artificial não vem para roubar empregos

Por Jéssica Dourado

Redatora na Caderno Nacional

Publicado em 25/04/2024. Atualizado em 25/04/2024

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Muito se especula sobre a inteligência artificial, um advento da inovação tecnológicas. Saiba mais nesse artigo sobre o papel dessa ferramenta!

Falar em tecnologia e inovação no mercado de trabalho já traz um medo para muitos trabalhadores. Isso porque, há quem acredite que tecnologias como a inteligência artificial (IA), chegou para ocupar o lugar dos humanos.


Sabemos que muitas dessas inovações vem, sim, para realizar atividades humanas de maneira mais rápida, eficiente e com menos erros. No entanto, se engana quem acha que essas ferramentas vão tirar oportunidades de empregos.


Quer saber mais sobre o assunto e como se aliar a tecnologia para garantir seu lugar no mercado de trabalho? Então siga conosco neste artigo do Caderno Nacional e fique por dentro de todas as atualizações do segmento e como podem impactar o ecossistema corporativo.

Cenário da inteligência artificial na atualidade


Em outro momento já falamos aqui sobre a inteligência artificial, como uma das tecnologias que demandam conhecimento e habilidades tecnológicas no mercado. Isso porque, ela só cresce e está cada dia mais presente nas empresas.


De acordo com pesquisas, entre 2022 e 2023, cerca de 41% das organizações em solo nacional já estavam usando a IA em seus processos e operações comerciais. Um número já bem expressivo.


Somado a tudo isso, de acordo com a mesma pesquisa, aproximadamente 34% de empresas brasileiras afirmaram estar em fase de exploração do uso da inteligência artificial. Se levar em consideração que estamos em 2024, esses dados já devem estar mais encorpados e muitos desses negócios já passaram da fase de exploração.


Com o crescimento do uso e da demanda, é natural que haja o crescimento também da demanda por trabalhadores com habilidades tecnológicas especializadas e direcionadas ao uso dessa ferramenta.


Para completar esse cenário, cerca de 73% dos profissionais de TI em solo brasileiro, que já estão na fase de exploração e/ou implementação de IA, já aceleraram seus investimentos na tecnologia nos últimos dois anos.


Ou seja, é uma rápida corrida e escalada no uso e no entendimento desse recurso que está evoluindo a passos largos e está mais e mais presente em diversas áreas dos mais diferentes tipos de segmento.

Tipos de inteligência artificial


Como já citamos anteriormente, a IA é uma tecnologia que constantemente sofre atualizações e está evoluindo em uma velocidade impressionante.


Por isso, se os trabalhadores e as empresas pretendem trabalhar com a mesma, é essencial que entendam seus desdobramentos. Sendo assim, veja a seguir um resumo dos tipos de inteligência artificial, como são divididos.


1. Inteligência Artificial Limita (ANI)


Essa IA é aquela que temos mais contato em coisas que a gente nem imagina. Isso porque, é o tipo capaz de gravar e armazenar um volume elevado de dados. Da mesma forma, também consegue executar algumas tarefas mais complexas.


Exemplos desse tipo de IA podem ser observados em programas que transcrevem texto em áudio, e também podem ser observados em assistentes virtuais, como é o caso da Siri e da Alexa.


2. Inteligência Artificial Geral (AGI)


Aqui já podemos caracterizar uma evolução da IA. Isso porque, a AGI é reconhecida pela alta capacidade de aprender e reagir a estímulos determinados.


Ela simula, na verdade espelha (ou tenta), a capacidade lógica e intelectual do ser humano. Mas por ser algo mais complexo, ainda não temos um exemplo mais concreto desse uso da IA. Tudo é muito experimental ainda.


3. Superinteligência (ASI)


Essa inteligência artificial é aquela mais futurista, que víamos em filmes de ficção cientifica, por exemplo. Ela ainda não é uma IA presente nos negócios, no mundo empresarial, pois sua base ainda são suposições.

Como se adequar a realidade com inteligência artificial dominando o mercado? 


Podemos perceber que conforme o mercado evolui, as habilidades exigidas por ele também vão evoluindo, e as revoluções industriais provaram isso.


Se antes, eram necessários alguns funcionários para operar um maquinário pesado, um tempo depois já era necessário um funcionário por máquina. No entanto, já haviam muitas máquinas. Ou seja, as demandas foram se diferenciando, mas não deixaram de existir.


Da mesma forma acontece com a inteligência artificial e com muitas tecnologias que surgem de tempos em tempos. Elas podem até “substituir” os humanos em tarefas mecânicas, repetitivas e em série.


Mas é preciso funcionários habilidosos para operar essa tecnologia em diversos segmentos como, por exemplo:


- Atendimento ao cliente;


- Marketing;


- Vendas;


- Operações;


- Recursos humanos;


- Pesquisa e desenvolvimento.


Não há evolução tecnológica sem o pensamento crítico humano. Seja para criar, atualizar ou apenas para manutenção. Essas ferramentas precisam do toque humano para existir.


Além disso, todas as empresas, por mais tecnológicas que estejam se tornando (ou já são) precisam das habilidades humanas, e isso em todos os setores. Sejam os mais braçais até os mais intelectuais.

Estudar e se atualizar para não ficar para trás


Outro ponto que sempre reforçamos aqui no Caderno Nacional é a importância do trabalhador estar em constante estado de capacitação. É evidente que tecnologias como a inteligência artificial, por exemplo, vai seguir crescendo e evoluindo.


Por isso, quem deseja garantir seu lugar no mercado de trabalho, precisa acompanhar e estar por dentro de todas essas evoluções e desdobramentos.


Além disso, as empresas também precisam estar em dia com essas atualizações. Não é só porque uma tecnologia existe que ela vai magicamente ser implementada e funcionar em todo e qualquer tipo de negócio.


É preciso que as organizações estejam de olho no que vem de novo, mapeiem seus processos e como as ferramentas podem fazer a diferença. E precisam, acima de tudo, oferecer treinamentos e capacitações para que seus funcionários saibam lidar com a inteligência artificial e todas as inovações que a acompanham.


Com todos os lados (empresas e trabalhadores) alinhados, fica mais fácil e fica mais proveitoso para o negócio o advento das tecnologias. Dessa forma, ela será usada de maneira mais inteligente, os trabalhadores serão mais produtivos e as empresas terão resultados cada vez mais satisfatórios.

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