Global worker nova era do trabalho

Por Jéssica Dourado

Redatora na Caderno Nacional

Publicado em 13/06/2024. Atualizado em 13/06/2024

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Descubra a tendência global worker e prepare-se para o futuro do trabalho!

Entre as inúmeras tendências que surgiram ao longo da popularização do home office, mais uma vem ganhando espaço nos últimos anos, é o global worker.


Os “global Workers” são bem parecidos com os nômades digitais (que já falamos em outro momento aqui no Caderno Nacional). Se caracterizam como trabalhadores que trabalham no formato home office e podem atuar em empresas de diferentes países.


Quer saber mais sobre essa tendência, como está ganhando força e seus benefícios? Então siga conosco neste artigo do Caderno Nacional e fique por dentro de todas as novidades do mercado de trabalho e como elas podem impactar empresas e trabalhadores.


Entenda melhor quem pode ser identificado como um global worker


Em 2023 foi realizada a Pesquisa Global Workers, que contou com a resposta de 1.629 pessoas. De acordo com 86,7% dos participantes, os global Workers podem ser caracterizados como brasileiros que trabalham para o exterior.


Na época da pesquisa, eram 1.413 brasileiros que conseguiram uma vaga de emprego em alguma empresa de outro país, e claro, recebem em outras moedas. Mas vale reforçar, que esses trabalhadores seguem atuando de solo nacional mesmo, ou seja, aqui do Brasil.


Um dos responsáveis pela pesquisa, Tiago Santos, ressalta que o estudo evidencia o quanto esses profissionais, que aderem ao formato de global worker, valorizam a qualidade de vida.


Segundo ele, “esses profissionais valorizam relações de trabalho mais flexíveis, em que possam conciliar experiências pessoais e profissionais com viagens e momentos de lazer, sem deixar de lado a parte financeira”.


Como já destacamos anteriormente, eles muito se assemelham aos nômades digitais, mas não podem ser caracterizados da mesma forma.


Isso porque, de modo geral, o global worker possui um estilo de vida diferente. De acordo com a pesquisa de 2023, 77,7% dos entrevistados possuem residência fixa. Enquanto, 98,1% residem no Brasil. Ou sejam, não trabalham viajando, ao contrário dos nômades digitais.


“Esses trabalhadores não querem morar fora do país (...) conseguem aproveitar seu ciclo social em meio à família e amigos, com a vantagem de ainda receberem em moedas bem mais valorizadas do que o real brasileiro”, afirma Thiago Santos.


3 Principais vantagens de ser um global worker

1. Melhores condições financeiras


Como já falamos anteriormente, os global Workers tem sua remuneração de acordo com a moeda do país para o qual prestam serviços. E dependendo do país, a moeda é bem mais valorizada do que o real. Como é o caso do dólar e do euro, por exemplo.


Além disso, por se tratar por uma modalidade 100% home office, então custos como se locomover até o trabalho, ter que se alimentar fora de casa e todos os gastos que existem ao sair de casa, já não existem.


Somado a tudo isso, há o global worker que prefira o formato PJ, e isso se mostra como vantagem para alguns. Da mesma forma que há trabalhadores que se beneficiem muito mais com o formato de contratação tradicional.


2. Estrutura simplificada


Para existir a possibilidade de ser um global worker é indispensável que o trabalho que você desempenhe seja de forma remota. Por isso, quem trabalha exclusivamente tem essa vantagem, de ter uma estrutura simplificada.


E essa vantagem, além de não oferecer muitas complicações, também reflete em economia no bolso, uma vez que as condições de trabalho para quem precisa de poucos equipamentos é mais acessível financeiramente.


3. Saúde e bem-estar


Essa vantagem não se limita apenas ao global worker, mas a todos que possuem o formato home office de trabalho, ou até mesmo o híbrido. Ter mais tempo em casa, sem a correria da locomoção até o trabalho melhora muito a qualidade de vida e consequentemente a saúde e bem-estar.


Há um caminho certo para se tornar um global worker?


A Pesquisa Global Workers 2023 trouxe alguns números sobre as áreas que mais empregam em outros países nesse formato. Elas são:


- Engenharia de Software (63,5%);


- TI (12,9%);


- Produto (5,3%);


- Marketing (3,5%);


- Sucesso do Cliente (2,9%);


- Recursos Humanos (3,4%);


- Vendas (1,4%);


- Administrativo (0,9%).


Além disso, os cursos mais comuns entre quem é global worker se concentram da seguinte forma nas áreas de atuação:


- Ciência da Computação (23,1%);


- Sistema da Informação (14,3%);


- Engenharia da Computação (10,6%);


- Análise de Sistemas (13,6%);


- Administração (3,6%);


- Design (2,9%);


- Engenharia Elétrica (2,4%);


- Publicidade e Propaganda (1,5%);


- Psicologia (1,1%);


- Jornalismo (0,9%).


Isso quer dizer que é preciso se manter atualizado. Como a gente sempre reforça aqui no Caderno Nacional, é importante acompanhar o que está em alta, quais as profissões com mais demanda, quais empresas estão contratando mais, com quem é essencial fazer networking, e assim por diante.


Estar atento às movimentações do mercado não é mais diferencial, é coisa primordial. Apenas desse modo o trabalhador consegue dar os passos que precisa se almeja prosperar, alavancar sua carreira ou até mesmo fazer uma transição da mesma.


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