Saiba mais sobre metodologia Big Five

Por Jéssica Dourado

Redatora na Caderno Nacional

Publicado em 27/06/2024. Atualizado em 27/06/2024

Tempo estimado de leitura:

O que é Big Five? Descubra neste artigo como essa metodologia pode mudar sua vida.

Também conhecido como Modelo dos Cinco Grandes Fatores, a metodologia big five pode ser muito útil na orientação para tomar decisões sobre contratação, desenvolvimento, ações para engajamento de funcionários e diversas questões.


É uma ferramenta que não serve única e exclusivamente para fins corporativos, mas ajuda demais na gestão de pessoas e no departamento de recursos humanos.


Quer saber mais sobre a metodologia, sua aplicação e benefícios? Então siga conosco neste artigo do Caderno Nacional e veja como as tendências comportamentais podem impactar positivamente o mercado de trabalho.


O que é o big five?


De modo geral, esse modelo dos cinco grandes fatores, pode ser caracterizado como uma metodologia aceita por psicólogos e aplicada por diversos profissionais, para avaliar coisas como personalidade e soft skills de uma pessoa. Tudo isso por meio de testes.


O diferencial do big five para outras metodologias que tem como finalidade uma análise comportamental, é que ele faz classificação com base em escalas.


Essas escalas apresentam um resultado que foge daquele padrão que indica apenas se a pessoa é extrovertida ou introvertida, por exemplo.


O modelo big five não é uma tendência que surgiu agora, são anos de estudo!


A origem dessa metodologia não se deu de uma só vez. Podemos dizer que o modelo nasceu como uma consequência de uma série de estudos. Estudos esses conduzidos por diversos estudiosos, e tudo isso lá na década de 1930.


- 1930: o psicólogo William McDougall propôs um modelo composto por cinco fatores, sendo eles: intelecto, caráter, temperamento, disposição e humor;


- 1936: os pesquisadores Gordon Allport e Henry Odbert criaram uma lista com mais de 4 mil termos utilizados para descrever traços de personalidade;


- 1940: Raymond Cattell (junto a alguns colegas) recorreram a analise fatorial, utilizando a estatística para reduzir a lista para apenas 16;


- Atualmente: naquela época havia Lewis Goldberg, que defendia o uso de cinco fatores primários. Essa escolha foi endossada por McCrae & Costa, que resultou no big five como conhecemos hoje.

Quais são os traços do big five?


Os cinco fatores (ou traços de personalidade) do big five podem ser representados pela sigla OCEAN (que significa oceano, em inglês).


1. Openness to experience – abertura para a experiência


Aqui se encaixam as pessoas que apresentam como fatores dominantes:


- Imaginação;


- Criatividade;


- Curiosidade;


- Apreciação pela arte;


- Sensibilidade à beleza.


2. Conscientiousness – conscienciosidade (traço de personalidade de ser cuidadoso ou diligente)


Nesse aspecto do big five, se encaixa nessa categoria as pessoas que são mais:


- Autodisciplina;


- Orientação para os deveres;


- Foco nos objetivos;


- Ambição.


3. Extraversion – extroversão


Nessa categoria, se encaixam as pessoas que tem como características predominantes:


- Maior sociabilidade;


- Animação;


- Disposição para se relacionar com novas pessoas;


- Grandes entusiastas da diversão.


4. Agreeableness – agradabilidade ou afabilidade


Para essa característica do big five, as pessoas precisam ter como traços dominantes:

- Serem mais respeitosos;


- Amigáveis;


- Generosos;


- Prestativos;


- Comprometidos.


5. Neuroticism – neuroticismo (traço de personalidade que se refere ao nível crônico de desajustamento e instabilidade emocional)


Nessa categoria, para que uma pessoa seja caracterizada é necessário que ela tenha:


- Emocionalmente reativos;


- Vulnerabilidade ao estresse;


- Serem pessoas ansiosas;


- Instabilidade.

Como o teste é conduzido?


O teste do big five funciona a partir de perguntas múltipla escolha, mas que podem ser respondidas dentro de uma escala. Essa escala vai do “concordo totalmente” até o “discordo totalmente”, mas com opções moderadas entre as duas opções.

Sendo assim, cada pessoa pode concordar muito, concordar pouco e assim por diante. Dessa forma, as respostas são analisadas a partir de pontuação e ponderação.


Mas vale destacar que esse teste só pode ser formulado e aplicado por profissionais qualificados. Ou seja, para ser utilizado, é necessário contratar uma expertise adequada para a tarefa.


Como a metodologia big five pode ser útil no mercado de trabalho?


Por mais que a evolução tecnológica esteja a todo vapor, e estejamos em um mundo mais digitalizado, automatizado e abraçando cada vez a inteligência artificial, o capital humano ainda tem muito valor.


Nas empresas, o colaborador é muito importante, e o mercado sabe bem disso. Por isso, a gestão de pessoas, o setor de recursos humanos e todas as equipes que lidam diretamente com os funcionários, entendem a importância de conhecer e oferecer sempre a melhor experiência.


Por isso, pensar e aplicar metodologias como a do big five, por exemplo, pode ser um diferencial determinante. Afinal, ao saber mais sobre a personalidade dos seus colaboradores, os líderes podem explorar da melhor forma as hard e soft skills dos seus funcionários.


E isso faz com que o colaborador se sinta valorizado, à vontade e consequentemente se torna mais produtivo. Sendo assim, a empresa se beneficia de um funcionário engajado e comprometido com os resultados da organização.


Atenção: metodologias como essa são para ajudar!


Muitos gestores e muitos leigos acabam se apegando fielmente aos detalhes do big five, levam como lei. No entanto, metodologias como essa servem para guiar a equipe.


Ter características dominantes não torna uma pessoa ruim, incompetente, despreparada e assim por diante. Apenas aponta quais as melhores formas de abordar e trabalhar com aquele talento.


Seja no digital, no offline, na vida como um todo, informação é poder, é algo extremamente valioso. Por isso, quanto mais se sabe e conhece sobre as pessoas, mais fácil e favorável fica o trato com elas.


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