A indústria gráfica, setor responsável pela produção de peças visuais impressas de todo tipo, tem passado por grandes transformações nos últimos 30 anos. O principal motivador para essas transformações é o salto tecnológico que ocorreu durante esse período, encabeçado pelo surgimento da internet. No entanto, mesmo com a forte migração do digital para o analógico, a necessidade de profissionais para o setor de artes gráficas impressas se mantém. Um desses profissionais é o gráfico.
A profissão tem sua própria data comemorativa — 07 de fevereiro — no Brasil desde 1923. No dia 07 de fevereiro daquele ano, gráficos fizeram uma greve em São Paulo protestando por melhores salários e condições dignas de trabalho. Desde então, a data ficou marcada como o Dia Nacional do Gráfico. Neste artigo do Caderno Nacional, entenda mais sobre a profissão.
O que faz um gráfico?
O gráfico é o profissional que trabalha com a impressão de materiais físicos diversos, independentemente do ramo (editorial, publicitário, educativo, entre outros). Dessa forma, o profissional controla e manipula as máquinas responsáveis por imprimir e copiar catálogos, folders, pôsteres, cartões de visita, livros, jornais, entre outros.
O trabalho de um gráfico inclui três etapas, conhecidas como pré-impressão, impressão e acabamento. A primeira é relativa à elaboração do produto; a segunda, ao ato de imprimir, que pode ser feito por meio de rotogravura, flexografia ou off set; e, por fim, a terceira se refere a processos como dobraduras, cortes, grampeamentos, costuras e colagens.
Quais as áreas de atuação de um gráfico?
A principal área de atuação do profissional é na indústria gráfica, com funções operacionais relativas à impressão. O gráfico pode atuar tanto no setor público quanto no privado e suas possibilidades de trabalho incluem gráficas, papelarias, almoxarifados, escolas, editoras, agências de publicidade e outras organizações que trabalhem com a impressão e criação recorrente de materiais gráficos.
Se, antes, os processos de impressão e criação de materiais gráficos eram majoritariamente manual, hoje os profissionais devem conhecer as novas tecnologias e lidar com sistemas automatizados e integrados. Com isso, além das impressões de materiais mais simples, hoje os profissionais também trabalham com imagens digitalizadas, imagens em alta resolução, painéis fotográficos e outros projetos que ganharam mais detalhes e complexidade com a tecnologia.
Como se tornar um gráfico?
Para atuar como gráfico no mercado de trabalho, é necessária a formação completa em ensino médio e conhecimentos na área. A formação técnica em Processos Gráficos, bem como a graduação ou o curso técnico em Design Gráfico, são fortes diferenciais para se inserir no mercado e crescer na carreira.
Cursos livres relacionados às técnicas da profissão também são importantes para o profissional que deseja atuar na área. Conhecer softwares de edição, saber manejar equipamentos e dominar atividades de acabamento são fundamentais para o sucesso na profissão.
Quanto ganha um gráfico?
De acordo com o portal Glassdoor, a média salarial de um Técnico Gráfico no Brasil é de R$ 3.901. Os valores podem variar conforme diferentes fatores, como tempo de experiência, conhecimentos na área, especialização e localização (cidade ou estado) de atuação.
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