No último domingo (02), 122 milhões de brasileiros de todas as regiões foram às urnas depositar seus votos nas urnas para os próximos quatro anos. Os cargos em aberto - deputado(a) federal, deputado(a) estadual, senador(a), governador(a) e presidente - incluíam políticos para o Poder Executivo e Legislativo.
Enquanto deputados estaduais, deputados federais e senadores já foram definidos neste 1º turno, as funções do Executivo, em âmbito nacional e em muitos estados, foram levadas ao 2º turno, como é o caso da eleição presidencial.
Essa disputa, por sua vez, terá o resultado mais aguardado e complexo, dividida entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 48,4% dos votos, e o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), com 43,2% dos votos.
Mesmo que a disputa presidencial ainda esteja em aberto até o dia 30 de outubro, quando ocorrerá o 2º turno das Eleições 2022, já é possível observar impactos imediatos das Eleições 2022 no país, seja pela expressividade dos partidos e apoiadores eleitos no Legislativo, seja pela relação entre a quantidade de votos em um e em outro candidato.
Neste artigo do Caderno Nacional, entenda melhor quais impactos já puderam ser observados no país após o resultado do 1º turno e o que podemos esperar para o próximo mês e, claro, os próximos anos, conforme o candidato escolhido pelo país para ser presidente da República.
Governabilidade
Um dos maiores impactos que pode ser rapidamente observado após o 1º turno das eleições é a entrada dos deputados e senadores e seus respectivos partidos, que impacta diretamente na governabilidade do presidente eleito.
Um número expressivo de senadores e deputados que são da base de apoio do atual presidente Jair Bolsonaro foram eleitos para os cargos a que concorreram, como Damares Alves no DF, Marcos Pontes em SP, Hamilton Mourão no RS, Sergio Moro no PR e Magno Malta no ES — todos eleitos para o Senado.
Por outro lado, deputados e senadores da ala de esquerda, cujo apoio é direcionado ao ex-presidente Lula, também obtiveram resultados expressivos de votos, elegendo 130 deputados federais, entre eles Guilherme Boulos (PSOL), deputado mais votado em São Paulo.
O cenário indica a divisão sensível entre a força da extrema-direita, representada pelos políticos da base de Jair Bolsonaro, e a permanência e o relativo crescimento da oposição de esquerda, representada por políticos de diferentes partidos que declararam apoio ao ex-presidente Lula.
Esse “racha” no Poder Legislativo indica que, independentemente do presidente eleito, a governabilidade será bastante truncada, uma vez que há forte oposição a ambos os candidatos.
Economia
Com o resultado apertado entre os dois candidatos e o descarte de uma eleição “de lavada”, os impactos nos preços de ativos brasileiros estarão ligados ao espectro político que o país seguir nos próximos anos.
De acordo com um relatório elaborado pela XP Investimentos, os papéis e setores estatais são os que tendem a ser mais sensíveis às eleições, como Banco do Brasil e Petrobrás, além de setores domésticos, como varejistas, educação e imobiliário.
Por fim, o relatório destaca os papéis também ligados às eleições estaduais, os quais “também podem ter bom desempenho por conta da eleição de candidatos da direita, como Sabesp (SBSP3), com o forte resultado do candidato Tarcísio de Freitas no 1º turno, Cemig (CMIG4) com a reeleição do governador Zema, e Banrisul (BRSR6) com o 2º turno entre Onyx Lorenzoni e o ex-governador Eduardo Leite.”
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