Brasil fecha 1º trimestre de 2021 com desemprego recorde

Por Helena Botelho de Souza

Jornalista Freelancer na Caderno Nacional

Publicado em 11/06/2021. Atualizado em 11/06/2021

Tempo estimado de leitura:

Saiba mais sobre os índices divulgados pelo IBGE em maio.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de maio revelaram alta recorde no indicador de desemprego no país. De acordo com o levantamento, 14,7% da população está desocupada — maior índice da série histórica, iniciada em 2012.


O resultado é consequência principalmente das dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19. Ao longo de 12 meses, quase 2 milhões de pessoas passaram a integrar a estatística de desemprego (1,956 milhão). Em comparação ao último trimestre de 2020, houve alta de 6,3%, somando aproximadamente 880 mil pessoas a mais em busca de emprego.

 

Crescimento da taxa de desemprego

O índice vem em alta nos últimos meses, o que faz com que o número registrado em março fosse, de certa forma, esperado. De acordo com especialistas, é comum que o primeiro trimestre de cada ano indique aumento na desocupação. Contudo, a alta maior pode ser resultado das particularidades de 2020.


Antes de março de 2021, o desemprego já havia batido 14,6% em agosto de 2020. Durante o segundo semestre de 2020, o índice ficou em torno de 14%. Comparativamente, em janeiro de 2020 a taxa era de 11,9%.

 

Índice de desalento e subutilização

O índice também aponta recorde, com 6 milhões de pessoas. É considerado desalentado o grupo de pessoas que desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho. Isso significa que a taxa de desemprego no Brasil só não é maior porque muitos brasileiros não buscam emprego há mais de um mês.


Já em relação à subutilização, o número soma 33 milhões. O índice de subutilizados considera desempregados, desalentados, subocupados (com empregos de menos de 40h semanais) e os que poderiam estar ocupados, mas não estão por diferentes razões.

 

Efeitos sociais do desemprego

O levantamento do IBGE mostra as diferenças no índice em relação a diferentes grupos sociais. No período determinado, o desemprego foi consideravelmente maior para as mulheres: 17,9%, em comparação aos 12,2% entre homens.


A taxa também é maior entre pessoas com ensino médio incompleto, batendo 24,4%. Já para brasileiros com formação em nível superior, o índice foi de apenas 8,3%. Ainda, o índice de desemprego entre jovens (18 a 24 anos) foi expressivamente mais alto que a porcentagem média nacional: 31% em comparação aos 14,7%

Em busca de vagas de estágio? Veja oportunidades no Caderno Nacional

 

Setores mais afetados pelo desemprego

Em relação ao 1º trimestre de 2021, o setor mais afetado pelo desemprego foi o comércio. O fato está diretamente ligado às medidas restritivas para o comércio presencial, desenvolvidas para diminuir o contágio pelo novo coronavírus. A queda no setor foi de 9,4%, somando aproximadamente 1,6 milhão de pessoas.


Confira vagas no setor de Comércio:

 

 

Informe-se e encontre vagas no Caderno Nacional

O Caderno Nacional é uma plataforma com mais de 23 mil vagas de emprego cadastradas em todo o país. Aqui você tem acesso a artigos para ficar sempre por dentro de tudo que acontece no mercado de trabalho e encontra as melhores oportunidades para diferentes áreas. Confira nossas vagas:

 

Vagas para a área técnica
Vagas para área operacional
Vagas para a área comercial

Quer ser um redator freelancer do CN?
Entre em contato conosco!