Além do selo Open to Work

Por Jéssica Dourado

Redatora na Caderno Nacional

Publicado em 06/06/2024. Atualizado em 06/06/2024

Tempo estimado de leitura:

Open to work com certeza você já escutou falar, mas você sabia que esse termo vai muito além do selo no perfil do LinkedIn? Continue lendo para saber!

Frequentadores da rede social LinkedIn já sabem, ou pelo menos se depararam com, o selo Open to work.


Seu objetivo inicialmente é facilitar o acesso de recrutadores a pessoas que estão em busca de novas oportunidades profissionais. Mas será que o selo é apenas isso, um selo?


Para saber mais sobre o assunto siga conosco neste artigo do Caderno Nacional e fique por dentro de todas as atualizações do ecossistema corporativo e como eles podem impactar o mercado de trabalho.


Saiba mais sobre o selo Open to work


Para quem ainda não conhece, esse selo é aquele círculo verde inserido na foto de perfil da rede social LinkedIn. Seu intuito é divulgar, informar, que aquele profissional está “aberto a trabalho”, ou seja, está buscando novas oportunidades, uma colocação no mercado.


Vale lembrar aqui que o Open to work chegou na rede social em julho de 2020. Só no último ano, em todo o mundo, aproximadamente 28 milhões de trabalhadores utilizaram a ferramenta em seus perfis em algum momento.


Se você levar em consideração que o LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo, e possui mais de 900 milhões usuários em 200 países diferentes e territórios, ter 28 milhões utilizando a ferramenta (somente no ano passado), é um número expressivo.

Como o Open to work funciona?


No momento de ativar o selo no perfil do LinkedIn, o usuário pode escolher qual área de trabalho ele deseja. Além disso, pode incluir informações como:


- Disponibilidade de dias e horários para vagas mais adequadas;


- Localização ideal para eventuais ofertas de vagas;


- Incluir perfis da rede que serão permitidas a terem acesso ao selo open to work no seu perfil.


Ou seja, esse selo se caracteriza como um facilitador na hora do recrutador buscar perfis ideais para as vagas disponíveis. Com todos os filtros citados acima que a ferramenta possui, fica mais fácil de localizar candidatos.


No entanto, é apenas isso, fica mais fácil apenas localizar. O open to work não oferece nenhuma vantagem propriamente dita nos processos seletivos.


Somado a tudo isso, fica difícil a tentativa de identificar o real potencial do selo. Uma vez que essa tarefa se encaminha mais pela vertente de opinião. Isso porque, até agora, nenhuma pesquisa ou registro foi feito sobre a taxa de sucesso da ferramenta.


“O principal fator não é a disponibilidade de cada candidato e sim a falta de match (...) o selo permite que candidatos sinalizem que estão procurando emprego e que recrutadores achem, mas não significa ser contratado”, afirma Pedro Somma, especialista em plataforma de recrutamento e seleção.


Benefícios e desvantagens do selo


Recrutadores que estão buscando candidatos para vagas imediatas encontram com mais facilidade perfis que usam o open to work. Sendo assim, o uso da ferramenta se mostra como uma vantagem para quem utiliza.


“Vocês podem pensar que não, mas o recrutador tem dificuldade em ter retorno no LinkedIn. Às vezes manda mensagem, mas a pessoa não responde ou não usa a rede. Quando há o selo, a ação é mais certeira”, afirma uma das maiores influenciadoras de RH da América Latina, Mariana Torres.


Já Carol Oliveira, profissional que atua há mais de uma década com recrutamento e seleção, destaca que o maior benefício do open to work pode ser também sua grande desvantagem, que é o aumento da exposição.


“Se você cultiva bons relacionamentos, tem um perfil bem construído, sabe se vender bem, o selo é um acelerador. No entanto, se você entrar na linha de se sentir perseguido, de criticar injustamente recrutadores, de não ter um perfil minimamente bem montado, não há selo que resolva sua situação”, completa a profissional.


Recomendações para além do selo open to work


Mais do que ativar o selo no perfil da rede social LinkedIn, é importante que o usuário tenha boas práticas na rede (e também na vida). Práticas como:


- Manter o currículo atualizado;


- Manter o LinkedIn atualizado com experiências, formação e portfólio (se tiver);


- Fazer postagens interessantes sobre a sua área de interesse;


- Interagir com perfis que podem ser networking valiosos;


- Se conectar com perfis que estejam alinhados com o que a pessoa almeja para a sua carreira.


Além disso, há quem indique deixar o open to work visível apenas para alguns perfis. Daniel Blumen, especialista em recolocação profissional, recomenda utilizar o selo apenas para recrutadores.


Ele afirma que “por exemplo, quem trabalha com cibersegurança, ciência de dados, essas áreas de tecnologia, são bastante procuradas”.


“O que eu aconselho é que, ao deixar uma empresa, os profissionais façam uma postagem em agradecimento, na plataforma e nunca falem mal da companhia, caso contrário, a pessoa pode se manchar”, acrescenta Daniel.


Informe-se sobre o mercado de trabalho no Caderno Nacional


No Caderno Nacional você encontra notícias e artigos com dicas, estudos e análises sobre diversos assuntos ligados ao trabalho. Além disso, navegando pela plataforma você ainda encontra vagas de emprego disponíveis em todo o país!

Quer ser um redator freelancer do CN?
Entre em contato conosco!